|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Professor bom eleva diferenças
DA SUCURSAL DO RIO
A pesquisa da PUC do Rio também analisou outros fatores que
contribuem para a manutenção
da desigualdade no ensino. Um
dos resultados encontrados preocupou os pesquisadores: os alunos de renda mais alta se beneficiam mais com o aumento de escolaridade do professor do que os
alunos de baixa renda.
Os resultados não negam que o
aumento da escolaridade do professor é altamente desejável e traz
resultados positivos para todos os
alunos. Quanto melhor é a formação do docente, melhores são os
resultados da escola no Saeb. O
problema é que os mais pobres
ganham menos do que os mais ricos com essa melhora.
"Por um lado, um maior nível
de escolaridade do professor faz
com que a escola seja mais eficaz,
mas, por outro, esse maior nível
torna a escola menos equitativa",
afirma o estudo.
Para chegar a essa conclusão,
foram comparados os resultados
nos testes de alunos de classes sociais diferentes em turmas onde o
professor tem maior ou menor nível de escolaridade.
Diferença
A nota média dos alunos mais
pobres subiu de 264 em turmas
com professores com baixa escolaridade para 268 (variação de
1,5%) em turmas com docentes
com melhor formação. Entre os
estudantes mais ricos, o ganho foi
maior. Eles passaram de 268 pontos para 280 (4,5% de variação).
Os pesquisadores chegaram
também a um resultado comum
em pesquisas internacionais:
quanto maior o nível socioeconômico dos alunos, melhores são os
resultados da escola.
A pesquisa mostrou que o principal fator determinante do resultado da escola é a clientela que ela
atende. Isso se explica porque as
crianças não aprendem apenas
com o professor, mas também
trocando informações entre elas.
Outro resultado do novo estudo
que confirma os resultados de
pesquisas anteriores é o peso maléfico da repetência no rendimento do aluno e da escola.
Texto Anterior: Ana Lúcia, 10, mudou de escola duas vezes Próximo Texto: Nos EUA, critério racial vai à Suprema Corte Índice
|