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Técnica trata retração da gengiva
DA REPORTAGEM LOCAL
O PRP também está sendo utilizado em casos de retração gengival, provocada por doenças periodontais ou por escovação traumática. Além do problema estético
(dentes ficam excessivamente
alongados), a pessoa fica sensível
a alimentos frios, quentes, doces,
entre outros.
A periodontista Idelana Luz Lopes, professora da Sobrap (Sociedade Brasileira de Periodontia),
diz que o gel de PRP é colocado na
região da gengiva, e a recuperação
ocorre em cinco semanas.
O médico hematologista Nelson
Tatsui, 35, do Hospital das Clínicas de São Paulo, afirma ser fundamental que os profissionais que
lidam com o PRP tenham algumas preocupações.
A primeira é com a qualidade
do plasma, que precisa estar com
alta concentração de plaquetas.
Quanto maior o número desses
corpúsculos, diz Tatsui, maior é a
chance de sucesso da cirurgia.
Nessa questão, a qualidade técnica do equipamento, associada
ao método utilizado pelo operador, é importante. Numa centrífuga simples, por exemplo, são
obtidas em torno de 600 mil plaquetas por milímetro cúbico.
Uma outra máquina, que utiliza o
método aférese, produz 1,5 milhão por milímetro cúbico.
A segunda preocupação é com a
manipulação sanguínea. Qualquer tipo de contaminação pode
acabar com a regeneração tecidual. Tatsui chama a atenção ainda para a qualidade dos ingredientes utilizados no PRP.
Ele cita o exemplo da trombina
bovina, uma enzima que provoca
a coagulação do sangue e que ajuda as plaquetas a liberarem os fatores de crescimento, mas, por
não ser do próprio paciente, o uso
deve ser controlado. A trombina
pode provocar uma reação alérgica e levar a uma alteração da coagulação do paciente.
Segundo o implantologista Nilton De Bortoli Júnior, não há evidências de que o uso da trombina
bovina seja contra-indicada na
obtenção de PRP. Ele afirma que a
vantagem do uso da enzima é que
ela possibilita a liberação dos fatores de crescimento no momento
oportuno da cirurgia.
Já a ativação por calor, diz ele, é
um método empírico, que pode
levar à perda de grande quantidade de plaquetas. Tatsui discorda.
O calor, afirma ele, é controlado a
37C, temperatura que não destrói as células sanguíneas e que
pode obter uma reação química
mais acelerada.
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