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"Elas são mais disciplinadas"
DA REPORTAGEM LOCAL
Não há pesquisas sobre o tema,
mas a experiência nos quartéis
mostra que as mulheres são mais
disciplinadas se comparadas com
os homens, segundo o tenente-coronel Abel Batista Camillo Júnior, 44, chefe do setor de comunicação social da PM.
""Em geral, elas são extremamente cultas e seguidoras de normas", afirma o oficial, que há 28
anos está na corporação. "Se você
pegar as faltas cometidas por PMs
femininos e PMs masculinos,
proporcionalmente, verá que elas
são mais disciplinadas."
Não se sabe o motivo disso. O
que está comprovado é que elas
precisam estudar muito mais para serem aceitas na Academia Militar do Barro Branco, que forma
os oficiais da corporação.
No ano passado, a carreira de
oficial feminino na PM foi a mais
concorrida no vestibular da Fuvest, batendo inclusive o curso de
publicidade e propaganda, com
recorde de inscrições.
As 15 vagas foram disputadas
por 1.416 mulheres. A relação de
candidatas por vaga (93,66) entre
elas foi quase o dobro se comparada com a dos homens (50,6).
No Barro Branco, desde 89, as
aulas são dadas em classes mistas,
seguindo um currículo único para ambos os sexos. Em quatro
anos, as aprovadas saem como aspirantes, para depois serem promovidas ao posto de tenente.
Em 1988, o primeiro curso da
academia para elas durou só um
ano. Foi esse o completado pelas
quatro tenentes-coronéis que hoje comandam batalhões de área
na capital e na Grande São Paulo.
Das 8.200 policiais femininas
que atualmente estão na corporação, 318 são oficiais -patente acima de tenente. Há duas coronéis,
o mais alto posto na corporação, e
seis tenentes-coronéis.
Do total de PMs mulheres, 177
estão no Corpo de Bombeiros, 32
na Polícia Rodoviária, 112 na tropa de choque, 6.400 no policiamento e as demais em outras funções em diversas unidades.
O próprio setor de comunicação tem uma mulher, a major Maria Aparecida de Carvalho Yamamoto, 38, que também começou
como soldado e que está uma patente atrás do tenente-coronel.
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