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ONGs criticam ministro por
atraso em óleo diesel mais limpo
Abaixo-assinado será entregue a Carlos Minc (Meio Ambiente) na próxima terça
AFRA BALAZINA
DA REPORTAGEM LOCAL
O Movimento Nossa São
Paulo critica o Ministério do
Meio Ambiente por negociar
um acordo que adiará a resolução do Conselho Nacional do
Meio Ambiente que determina
o uso de um diesel mais limpo
no país a partir de 2009.
A entidade diz que o acordo
representará prejuízo à saúde e
ao ambiente. Para tentar evitar
que isso ocorra, um abaixo-assinado foi elaborado pelo movimento junto com outras ONGs,
como Instituto Akatu, Greenpeace e SOS Mata Atlântica.
Até agora, o documento tem
cerca de 800 adesões. Ele será
entregue ao ministro Carlos
Minc (Meio Ambiente) na próxima terça-feira.
Hoje, o diesel no Brasil possui, em geral, 2.000 ppm (partes por milhão) de enxofre. Nas
zonas metropolitanas, tem 500
ppm. A resolução exige que a
concentração do poluente caia
para 50 ppm. Nos EUA e na Europa, ela está em 10 ppm.
Segundo o abaixo-assinado, o
atraso no cumprimento da resolução pode resultar em "responsabilização civil, penal e administrativa". Apesar de a meta
ter sido fixada em 2002, as empresas e a Petrobras alegam
que não há tempo hábil de colocar o diesel limpo e novos motores, adequados ao combustível, no mercado.
Para Oded Grajew, do Movimento Nossa São Paulo, o tempo não pode ser usado como
desculpa. Ele defende que se
importe diesel e motores.
A secretária nacional de Mudança Climática, Suzana Kahn
Ribeiro, diz que aguarda novas
propostas das empresas para
verificar a possibilidade de
acordo. Ela é favorável a pular a
fase Euro 4 (50 ppm de enxofre) e ir direto para a Euro 5 (10
ppm) em 2011. Mas ressalta que
são necessárias metas intermediárias, como fornecer diesel
500 ppm para o Brasil todo.
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