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União quer cadastro nacional
DA REPORTAGEM LOCAL
O governo federal começou a
reunir informações dos cinco criminosos mais procurados de cada
Estado para compor o primeiro
banco de dados nacional de pessoas procuradas no país.
A idéia, anunciada em abril ainda na gestão de Miguel Reale Jr.,
que pediu demissão após divergências com o presidente Fernando Henrique Cardoso, continuará
a ser implantada pelo ministro da
Justiça, Paulo de Tarso Ramos Ribeiro, segundo sua assessoria.
Dos 26 Estados, 11 enviaram informações dos procurados que
consideram mais perigosos: Rio
Grande do Norte, Goiás, Ceará,
Espírito Santo, Acre, Maranhão,
Bahia, São Paulo, Paraná, Tocantins e Pernambuco.
O Ministério da Justiça requisitou documentação complementar e fotos de alguns Estados que
enviaram informações parciais
dos seus fugitivos. A intenção é
divulgar esse material na internet
com os telefones de denúncia.
Não há previsão para terminar a
implantação do cadastro.
O formato original do projeto
previa ir aumentando o número
de procurados incluídos na central, aos poucos, em ordem decrescente de periculosidade.
""Só podemos pensar segurança
pública se houver integração nacional", afirma o advogado Cláudio Tucci, ex-secretário Nacional
de Segurança Pública, idealizador
da central de procurados.
Em agosto, Tucci planejava divulgar a finalização de um projeto
maior para interligar os órgãos de
segurança estaduais.
Os técnicos da secretaria vinham trabalhando no lançamento de uma rede nacional que
abrangeria, em um primeiro momento, as capitais do país.
A ""Rede Nacional de Polícia"
seria financiada com recursos do
Fust (Fundo de Universalização
das Telecomunicações), que capta dinheiro das empresas de telecomunicações do país.
O projeto, com metas a curto
(cinco anos) e longo prazo (dez
anos) pensava em ligar fóruns,
cartórios de registro civil, emissão
de RGs e até, mais à frente, computadores de bordo em carros das
polícias estaduais. ""A rapidez da
informação é que dá a eficiência
da polícia", afirma o ex-secretário
Nacional de Segurança Pública.
Segundo a assessoria do ministério, todos os projetos que vinham sendo implantados terão
continuidade, apesar da mudança de ministro. Até sexta, o ex-secretário não havia sido substituído.
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