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Rios de Ribeirão recebem 50% de esgoto "in natura'
GEORGE ARAVANIS
DA FOLHA RIBEIRÃO
A falta de tratamento do esgoto compromete a qualidade
dos rios da região de Ribeirão
Preto. As cidades que compõem as sete bacias hidrográficas que passam pela região tratam apenas metade do esgoto.
O restante é jogado "in natura"
(sem tratamento) nos rios.
É o que revela o relatório da
Cetesb (Companhia de Tecnologia e Saneamento Ambiental)
sobre a qualidade das águas no
Estado de São Paulo, divulgado
na semana passada.
Na bacia hidrográfica do rio
Pardo, que inclui Ribeirão, por
exemplo, onde 52% do esgoto é
tratado, a quantidade de coliformes (que inclui todos os tipos, inclusive fecais) está acima
do estabelecido como ideal por
resolução do Conama (Comitê
Nacional do Meio Ambiente).
Isso ocorre em quase todas as
outras cidades.
Hoje, Ribeirão tem 80% de
esgoto tratado, de acordo com o
prefeito Welson Gasparini
(PSDB) -no ano passado,
quando o relatório foi feito,
eram 70%. "Estamos investindo em cinco frentes de trabalho
e trataremos tudo até o fim do
ano", disse o prefeito.
Apesar de receber muito esgoto in natura, a qualidade das
águas ainda é considerada boa
pela Cetesb. A agência ressalta,
no entanto, que é preciso investir em saneamento.
A pior situação é a da bacia do
Turvo-Grande, que passa na região pelas cidades de Cajobi,
Olímpia, Monte Alto e Monte
Azul Paulista. O tratamento
médio nesta bacia é de 30%.
Em segundo lugar no ranking
das piores está a bacia do Tietê-Jacaré, que passa por Araraquara e São Carlos e recebe
65% de esgoto sem tratamento.
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