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Sabesp diz que obedece lei ambiental
DA REPORTAGEM LOCAL
A Sabesp (Companhia
de Saneamento Básico do
Estado de São Paulo) diz
que as estações de tratamento secundárias, que
despejam fósforo e nitrogênio de volta nos rios,
bastam para atender aos
padrões de emissão de poluentes determinados pela
legislação ambiental.
A empresa de companhia mista, que tem o governo do Estado como
maior acionista, afirma
que sua prioridade é tentar ampliar ao máximo o
tratamento de esgoto -o
que seria dificultado caso
optasse pela construção
de estações terciárias, que
reduzem a carga dos dois
poluentes na hora de devolver a água para os rios,
mas são 60% mais caras.
"O tratamento secundário é um bom processo para reduzir a carga poluidora dos rios. Ele remove de
80% a 90% dos poluentes", defende Antonio César Costa e Silva, da Diretoria de Tecnologia, Empreendimentos e Meio
Ambiente da Sabesp. "É o
melhor meio para universalizar o tratamento."
Atualmente, há 461 estações de tratamento de
esgoto no Estado, nenhuma delas terciária. Estão
em construção 48 novas
estações, que integram o
pacote de obras de saneamento que prevê investimento de R$ 6 bilhões nos
próximos anos. Mas nenhuma delas dará conta de
tratar fósforo e nitrogênio.
Silva sustenta que o aumento dos índices dos dois
poluentes no rio Tietê se
deve a uma maior quantidade de água tratada pela
empresa. O raciocínio é o
seguinte: como o tratamento deixa passar o fósforo e o nitrogênio, quanto
mais água é tratada, maior
é a concentração desses
poluentes no ponto dos
rios onde ela é despejada.
"A variação de poluentes de um ano para o outro
não representa um risco.
O importante é a tendência. O Tietê melhorou nos
últimos dez anos. O que
seguia direto para o rio
deixou de ir para o rio."
O técnico da Sabesp afirma que a empresa poderá
construir estações mais
modernas a partir de exigências da legislação. "Não
há por que tratar mais se o
padrão não exige", diz Silva. "Se a sociedade quiser
que se tenha níveis mais
elevados de tratamento,
vamos ter de analisar e fazer. Uma hora isso virá,
mas vale lembrar que a
mudança implicará em
um aumento de custos."
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