|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Qualidade de água tem pior nível desde 2002
DA REPORTAGEM LOCAL
A qualidade da água testada
nos pontos de captação para
consumo humano no Estado
caiu no ano passado em relação
a 2006 e, pelos padrões da Cetesb, foi a pior desde 2002.
A Cetesb realiza testes quase
sempre mensais nos pontos em
que as empresas de saneamento recolhem a água para tratar e
faz uma classificação que varia
de péssimo a ótimo.
Além da presença de resíduos de esgoto, a Cetesb avalia
a concentração de elementos
como mercúrio, cromo e níquel, além da presença das chamadas cianobactérias. A maior
quantidade delas foi encontrada na represa Billings, na Grande São Paulo.
Esse grupo de bactérias pode
produzir toxinas que redundam em tumores e efeitos nocivos em órgãos como rins, baço e
coração e o sistema nervoso.
No ano passado, pela classificação da Cetesb, 31% dos pontos de captação estavam na
condição ótimo/bom, com 24%
de regular e 46% de ruim/péssimo. Em 2006, 55% dos pontos estavam em ótimo/bom.
O gerente do departamento
de águas superficiais e efluentes líquidos da Cetesb, Eduardo
Mazzolenis de Oliveira, tranqüiliza: não há motivo para suspender a captação em nenhum
dos pontos testados.
Segundo Oliveira, a queda do
padrão se deve à associação de
fatores como insuficiência de
tratamento de esgoto e manejo
inadequado do solo agrícola,
agravado pelas chuvas.
"É fundamental continuar
ampliando o saneamento no
Estado, particularmente o tratamento dos esgotos, e a remoção de carga orgânica", afirma.
Na opinião de Antonio César
Costa e Silva, técnico da Sabesp, a situação preocupa. Mas
ele não está pessimista. "Na
Grande São Paulo as represas
permaneceram estáveis. No Alto Tietê não teve alteração onde a Sabesp capta a água. Isso
não afetou nosso custo de tratamento", afirma.
De toda água retirada pela
Sabesp desses pontos avaliados
pela Cetesb -68,7 mil litros por
segundo-, 40 mil estão na classificação ótimo/bom, o que inclui o maior ponto de captação,
a represa do Juqueri, em Mairiporã (Grande São Paulo).
Outro grande manancial da
região metropolitana, a represa
de Guarapiranga, que fornece
13,9 mil litros por segundo, está
na faixa ruim da classificação.
Texto Anterior: Sabesp diz que obedece lei ambiental Próximo Texto: Saúde/Operação: Nova técnica amplia retirada de tumor cerebral pelo nariz Índice
|