|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
EDUCAÇÃO
Ela é a atual presidente da pós-graduação
Com 41% dos votos, Maura Véras é eleita reitora da PUC de São Paulo
DA REPORTAGEM LOCAL
A professora do departamento
de sociologia e atual presidente da
pós-graduação da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica),
Maura Pardini Bicudo Véras, 62,
foi eleita a nova reitora da instituição, com 41,1% dos votos.
Em segundo lugar, ficou o diretor da Faculdade de Direito, Dirceu de Mello, que obteve 35,1%
dos votos. A terceira candidata,
Aldaíza Sposati, secretária municipal da Assistência Social de São
Paulo, recebeu 23,9% dos votos.
Ao todo, votaram 9.614 pessoas,
entre estudantes, professores e
funcionários. Os votos tiveram
pesos diferentes para que fossem
proporcionais ao número de eleitores em cada um dos três setores.
Véras teve 3.959 votos e foi a mais
votada tanto por alunos como por
professores. Entre os funcionários, Mello foi o mais votado, com
551 contra 460 de Véras.
Em contrapartida, Mello teve o
menor número de votos entre os
professores 426, enquanto Véras
teve 620 e Sposati, 465.
Véras não foi localizada ontem
para comentar o resultado da eleição. Antes da votação, ocorrida
em toda a semana passada, ela sugeriu que a PUC, que tem atualmente uma dívida de R$ 30 milhões, amplie parcerias com governos estaduais.
"Hoje, a PUC baseia a sua receita na mensalidade. Estamos propondo uma inversão: diminuir o
seu peso na receita e ampliar a
prestação de serviços em algumas
áreas, como a da saúde. Fazendo
convênios e parcerias com secretarias de Estado, haverá retorno.
Não queremos ir ao Estado para
obter donativos esporádicos, mas
verba em troca de serviços qualificados", disse ela à Folha.
Apesar da campanha de alguns
centros acadêmicos pelo voto nulo, apenas 284 dos 6.769 estudantes que votaram não optaram por
nenhum dos três candidatos,
anulando ou votando em branco.
A PUC tem 22.406 alunos.
O resultado da eleição será submetido ao conselho universitário,
que elaborará uma lista tríplice na
ordem da votação e a enviará para
o grão-chanceler da universidade,
o arcebispo dom Cláudio Hummes, que, em tese, poderia escolher qualquer um dos três. Ele,
porém, já havia afirmado que respeitaria o resultado das urnas.
O Vaticano vai ainda ratificar o
resultado. A posse da nova reitora
deve ocorrer só em dezembro.
Texto Anterior: Gilberto Dimenstein: Estão seqüestrando até "flanelinha" Próximo Texto: Candelária paulista: Politizar caso ameaça investigação, diz OAB Índice
|