|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
CANDELÁRIA PAULISTA
Para representante da entidade, troca de acusações entre prefeitura e governo pode dificultar apuração
Politizar caso ameaça investigação, diz OAB
DA REPORTAGEM LOCAL
A troca de acusações entre o governo do Estado e a Prefeitura de
São Paulo relacionadas ao ataque
a pelo menos dez moradores de
rua no centro da cidade, na última
quinta-feira, pode comprometer
o andamento das investigações.
O alerta foi feito pelo representante da OAB-SP (Ordem dos Advogados do Brasil), Hédio Silva
Júnior, da Comissão de Direitos
Humanos da entidade, que vem
acompanhando as investigações.
"O posicionamento da OAB é o
de advertir a sociedade para os
riscos de uma possível politização
do fato, até por respeito aos mortos. Isso pode vir a comprometer
a apuração", disse Silva Júnior.
Segundo ele, interesses eleitorais não devem se sobrepor ao critério técnico das investigações.
Após o ataque em série, em que
quatro homens morreram, a administração Marta Suplicy (PT)
divulgou nota com críticas à ação
do Estado, comandado pelo tucano Geraldo Alckmin, na área de
segurança. Já o secretário estadual
da Segurança Pública, Saulo de
Castro Abreu Filho, disse que os
albergues, que são responsabilidade municipal, são insuficientes.
Silva Júnior disse que a prefeitura dispõe de informações substanciais em virtude do trabalho
realizado pelos agentes da Secretaria de Assistência Social com a
população de rua.
"A prefeitura detém informações privilegiadas que devem ser
disponibilizadas para a polícia."
Silva Júnior está acompanhando os depoimentos prestados à
polícia e não pode dar informações específicas sobre o caso, mas
disse que as informações obtidas
até agora não permitem descartar
qualquer hipótese em relação à
autoria dos crimes.
As três principais linhas de investigação da polícia são: briga
entre os próprios moradores de
rua, ação de grupos organizados e
movimento financiado por comerciantes da área. A Associação
Comercial de São Paulo classificou essa hipótese de "absurda".
Texto Anterior: Educação: Com 41% dos votos, Maura Véras é eleita reitora da PUC de São Paulo Próximo Texto: Candelária paulista: Bomba fere morador de rua em novo ataque Índice
|