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Diretor diz que é preciso "trabalhar como família"
DA REPORTAGEM LOCAL
"Antes de o Felipão lançar essa moda de "família Scolari" na seleção, eu já falava aqui que é preciso trabalhar como família", afirma o diretor do CRP de Presidente Bernardes, Antonio Sérgio de Oliveira, 33, ao definir sua
filosofia de trabalho.
Bernardes pode ser comparada a um barril de pólvora. Abriga os principais integrantes de quatro facções criminosas adversárias: PCC, CDL (Comissão Democrática de Liberdade), CRBC (Comando Revolucionário Brasileiro da Criminalidade) e Seita Satânica.
""Procuramos trabalhar muito a parte preventiva, que somos uma equipe",
afirma o diretor, advogado, que em 2002 completa 13 anos em prisões. ""Entrei para custear os estudos, gostei
e acabei ficando."
A cada 30 dias, Oliveira se
reúne com a equipe para
avaliar o trabalho na unidade. Os agentes podem passar
por atendimento psicológico, se acharem necessário,
por meio de uma parceria
acertada pelo CRP de Bernardes com a Unoeste (Universidade do Oeste Paulista).
""É para que problemas daqui não sejam levados para
casa e vice-versa", afirma.
Em geral, o preso do CRP
não causa problemas, segundo o diretor, porque sabe que está lá de ""castigo" e
que pode permanecer mais
tempo se cometer nova infração disciplinar.
Entre os internos, um dos
líderes do PCC, César Augusto Roris da Silva, o Cesinha, e o sequestrador Wanderson Nilton de Paula Lima, o Andinho, são descritos por funcionários como
os mais comportados. José
Márcio Felício, o Geleião,
costuma reclamar da quantidade de comida e da temperatura em que é servida.
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