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Asfixia mata 9.000 bebês por ano
DA REPORTAGEM LOCAL
Um socorro adequado ajudaria
a diminuir o total de 9.000 mortes
anuais de bebês que ocorrem no
país relacionadas à oxigenação
inadequada. "São muitas mortes
para algo potencialmente evitável", diz Ruth Guinsburg, professora da disciplina de pediatria
neonatal da Unifesp.
Ela destaca que não só a reanimação adequada evitaria as mortes, mas também um bom acompanhamento durante a gravidez e
a correta intervenção em problemas maternos. Doenças da mãe,
como hipertensão, podem levar à
asfixia do bebê.
Estudo realizado pelo Conselho
Regional de Medicina do Estado
de São Paulo entre 97 e 98 em 85
hospitais públicos e privados
mostrou que apenas 24% tinham
todos os equipamentos necessários para a reanimação do recém-nascido. Percentual semelhante
foi encontrado em estudo feito
em 96 em Belo Horizonte.
"Quando há uma atuação rápida, em quase 100% dos casos há
uma recuperação imediata", diz
José Orleans da Costa, coordenador do programa de reanimação
neonatal da Sociedade Brasileira
de Pediatria, sobre os casos de asfixia. "Os pais têm de verificar se
há equipamentos de ressuscitação no hospital." No mundo, 1
milhão dos 5 milhões de bebês
que nascem todos os anos morrem por causa da asfixia.
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