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Espécies tóxicas estão presentes em parques
DA REPORTAGEM LOCAL
Parques e praças públicas de
São Paulo estão repletos de plantas tóxicas. No parque Ibirapuera,
por exemplo, há coroas-de-cristo,
agaves, lírios e azaléas perto do lago, da pista de cooper, da marquise, entre outras atrações.
O mesmo acontece na praça Vilaboim, em Higienópolis (área
central). No canteiro central, existem lírios, hera, inhame bravo e
banana-de-macaco, todas com algum grau de toxicidade. Em nenhum desses locais, há identificação ou alerta para a toxicidade das
plantas. Elas estão, porém, em locais cercados.
Segundo a diretora do Depave
(Departamento de Parques e
Áreas Verdes), Simone Malandrino, os atuais parques municipais
usam essas plantas como barreiras físicas, ou seja, para impedir o
acesso de pessoas a locais proibidos, como lagos ou áreas de grande declive.
Ela admite que, devido ao processo de polinização das plantas
-o pólen é veiculado pela água,
pelo vento, por aves e por insetos-, pode acontecer de existirem plantas tóxicas em locais não
planejados, mas afirma que os
agrônomos dos parques estão
atentos a isso.
Para Malandrino, alertar sobre a
toxicidade de algumas plantas
com placas, por exemplo, pode
gerar um pânico e uma repulsa
desnecessários na população. "Lírios e azaléas têm uma toxidade
menor, que não é alarmante. Ninguém sai por aqui comendo plantas", afirma a diretora.
Indiretamente, diz ela, o Depave
já faz um trabalho educativo.
"Nos parques, há placas alertando
para não mexer nas plantas e não
colher flores." Ela afirma desconhecer casos de intoxicação envolvendo as plantas dos parques.
Segundo Malandrino, os quatro
novos parques que a Prefeitura de
São Paulo vai inaugurar até o final
do ano não terão plantas tóxicas.
A farmacêutica Sônia Barcia
alerta que, além das crianças, os
adultos também não devem comer ou fazer chá de plantas desconhecidas porque não há testes
seguros para distinguir as comestíveis das venenosas. "Nem sempre o cozimento elimina a toxicidade das plantas." A poda dessas
plantas também deve ser feita
com luvas para evitar queimaduras e irritações.
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