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Só 60 militares estão no morro, diz Exército
DA SUCURSAL DO RIO
O Exército informou que
reduziu de 200 para 60 o número de integrantes de suas
tropas presentes no morro
da Providência, região central do Rio.
Ontem o dia foi de tranqüilidade na área. Militares do
Exército continuam na comunidade pelo menos até o
dia 26, prazo dado pela Justiça para o governo federal
apresentar uma solução definitiva sobre as obras do Projeto Cimento Social e a presença das Forças Armadas
no local.
Os militares estão mais
concentrados no local das
obras, junto à rua Barão da
Gamboa, como determinou a
Justiça Federal. Mas há também pequenos grupos no
acesso à Vila Portuária e no
local conhecido como Cruzeiro, no alto do morro.
Na sexta-feira, o Tribunal
Regional Federal da 2ª Região, no Rio de Janeiro, decidiu autorizar a presença do
Exército apenas na área do
canteiro de obras, localizado
na parte baixa da favela, para
garantir a segurança dos trabalhadores.
A decisão da Justiça Federal foi motivada pela morte
de três jovens, moradores do
morro da Providência, que
foram entregues a líderes do
tráfico do morro da Mineira
por oficiais do Exército que
estariam cuidando da segurança das obras do projeto
Cimento Social.
O morro da Mineira é controlado pela ADA (Amigos
dos Amigos), facção rival do
CV (Comando Vermelho),
que controla o tráfico no
morro da Providência.
Na manhã de ontem, mais
de 30 soldados patrulhavam
a parte alta do morro, distante do canteiro. Mas, segundo
o Exército, estavam em locais necessários para dar segurança aos equipamentos
das obras.
"Se eu não ocupar as elevações que dominam o canteiro de obras, não estou falando de segurança. Minha tropa fica ali como se fosse um
alvo fácil para qualquer meliante lá de cima", disse o coronel Silva Junior, responsável pelas obras.
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