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Donos declaram paixão pela floresta
DA REPORTAGEM LOCAL
No interior, no litoral norte ou
no Vale do Ribeira; numa reserva
que existe há seis anos, há seis meses ou que ainda quer existir. Os
relatos dos proprietários são muito parecidos e cheios de paixão.
"Briguei com uma parte da família", conta o descendente de
palmiteiros tradicionais (vilões
número um da mata atlântica)
que quer criar um centro de educação ambiental na RPPN que
tem desde 97 em Tapiraí.
"A reserva virou projeto de vida", diz o ex-operador de comércio exterior, hoje "ongueiro", que
quis proteger as terras da família
das ocupações irregulares de São
Sebastião e acabou criando a mais
nova reserva privada do país.
"Fiquei três anos buscando dinheiro para mapear a área, mas
vai valer a pena", sonha o biólogo
que vive ligando para o Ibama,
cobrando a aprovação de sua
RPPN em Iporanga.
Em Tapiraí, o empresário Cássio Roberto da Silva, 52, se orgulha de dizer que, mesmo não ganhando nada com seus 1,2 km2 de
mata atlântica, recebe muitos visitantes. "Não faço isso porque
quero ir para o céu, mas porque a
floresta é um tesouro", afirma.
No litoral norte, João Baptista
Monteiro Rizzieri, 35, comemora
os R$ 30 mil que recebeu de uma
ONG e quer começar logo a construir a estrutura para receber turistas e estudiosos na RPPN de 1,3
km2. É disso que pretende viver.
E no Vale do Ribeira, ao lado do
Petar (Parque Estadual Turístico
do Alto do Ribeira), Nelson Antonio Calil Filho, 28, faz planos para
a tão suada RPPN que quer criar
onde, um dia, o avô pensou em
montar uma pedreira. "A área pode servir como zona tampão do
parque e tem como vizinhos os
remanescentes de uma comunidade quilombola." (MV)
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