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Lei não diminui crimes em Barueri
DA REPORTAGEM LOCAL
O comandante da Polícia Militar na Grande São Paulo, o coronel Jairo Paes de Lira, 50, determinou que seja estudado o caso de
Barueri, em uma tentativa de entender por que os homícios cresceram na cidade apesar da existência da lei seca desde 2001.
"Apesar de a cidade ser a pioneira [a primeira das últimas que
aderiram à lei], não temos conseguido o mesmo êxito de outras regiões. Estabilizamos, mas não sabemos o que houve", afirma.
Desde a aprovação da lei, em
março de 2001, a cidade mostrou
estabilidade em seus números de
homicídios, mas fechou com recorde de crimes o primeiro semestre deste ano: 67 -a pior
marca na vigência da lei.
Suzano e Itapecerica da Serra
seguem atrás de Barueri entre as
que tiveram aumento de assassinatos neste ano: 34,29% e 36,36%.
A comparação compreende o primeiro semestre de 2002 e 2003.
"A lei, por si só, não leva ao reino da paz, mas é uma medida típica, de ação imediata ao alcance do
prefeito", afirma o secretário municipal de Cultura, Lazer e Criança de Barueri, João Palma, 47.
Segundo ele, uma pesquisa de
opinião feita pela prefeitura mostrou que, no ano passado, 87% da
população era a favor do fechamento dos bares às 23h.
Em Suzano, a polícia acredita
que houve uma migração de crimes por causa de um detalhe da
lei. As padarias, mesmo vendendo bebidas, não têm que fechar às
23h. "Quem vivia no bar, vai beber na padaria", diz o capitão Célio de Andrade Almada Júnior,
comandante da PM na cidade.
O Comando de Policiamento
Metropolitano definiu como
prioridade o apoio às leis que restringem o funcionamento de bares na Grande São Paulo. Com
menos bares abertos, segundo a
PM, os policiais podem se concentrar em outros atendimentos.
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