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Debate vai reunir de religiosos a cientistas
Ministro do STF convidou 14 pessoas para audiência pública sobre aborto em caso de anencefalia, a partir de terça-feira
Para a CNBB, vida deve ser preservada qualquer que seja o estado de saúde da pessoa; deputado defende direito da mulher à escolha
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
DA REPORTAGEM LOCAL
O ministro do STF (Supremo
Tribunal Federal) Marco Aurélio Mello convidou 14 pessoas,
entre representantes religiosos, científicos e de ONGs, além
de um deputado federal, para
participar da audiência pública
sobre aborto em caso de anencefalia, que terá início na próxima terça-feira.
Serão 15 minutos para cada
um dos pontos de vista. O debate começa na terça-feira, com
as entidades religiosas CNBB
(Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), Igreja Universal,
Associação Nacional Pró-Vida
e Pró-Família, e Católicas pelo
Direito de Decidir (CDD).
Na semana passada, a CNBB
apresentou sua posição sobre o
tema: "Para nós independentemente do estado de saúde, da
durabilidade, a vida humana
sempre será preservada."
Maria José Rosado, presidente da CDD, diz que reafirmará na audiência pública a necessidade de um Estado laico.
"A mulher deve ser respeitada
na sua decisão de manter a gravidez mesmo quando não há vida após o nascimento ou de decidir interromper a gestação."
Na quinta-feira seguinte, os
ministros ouvirão os representantes científicos. Foram convidados o Conselho Federal de
Medicina, a Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, as sociedades Clínica Brasileira de Medicina Fetal, Brasileira de Genética Clínica e Brasileira para o Progresso da
Ciência, e, por último, o deputado José Pinotti (DEM-SP).
"Sou favorável que a mulher
possa optar pela continuidade
da gravidez ou não", afirmou o
parlamentar. "Acredito que o
aborto significa a interrupção
de uma potencialidade de vida.
No caso do feto anencéfalo, não
há essa potencialidade porque
não há vida sem cérebro. Mas
isso não é a minha preocupação. O que eu quero é que a mulher tenha essa opção."
Os representantes da sociedade civil apresentam suas teses no dia 1º de setembro. Os
convidados são: Anis (Instituto
de Bioética, Direitos Humanos
e Gênero), Adef (Associação de
Desenvolvimento da Família),
Escola de Gente e Rede Nacional Feminista de Saúde, Direitos Sexuais e Reprodutivos.
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