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Entidade quer liberar caminhão maior
DA REPORTAGEM LOCAL
O transporte de carga também
enfrenta um debate na capital
paulista por conta das restrições à
circulação de caminhões de entrega em determinadas regiões.
Em razão de um decreto municipal em vigor desde 1997, na gestão Celso Pitta, a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego)
permite que somente veículos
com até 5,5 metros de comprimento possam fazer entregas, nas
horas de pico da tarde, nas chamadas ZMRCs (Zonas de Máxima Restrição à Circulação), que
abrangem os entornos de bairros
como Pinheiros, Jardins e Bom
Retiro, além do centro.
O Setcesp (Sindicato das Empresas de Transportes de Carga de
São Paulo e Região) afirma que
esses caminhões, conhecidos como VUC (Veículo Urbano de
Carga), têm capacidade para
transportar 1.500 kg de carga.
A entidade pressiona a prefeitura para a liberação, também nesses períodos, de caminhões com
até 6,50 metros de comprimento,
batizados de VLC (Veículo Leve
de Carga), que poderiam transportar 4.500 kg de carga.
Ela avalia que essa medida diminuiria a quantidade de veículos
nas ruas -já que um VLC, embora tenha um metro a mais, poderia substituir três VUC-, ocupando menos espaço no sistema
viário, reduzindo os congestionamentos nesses bairros com grande movimentação e a poluição da
cidade de São Paulo.
Vagas
A assessoria de imprensa CET
afirma que os VLCs trariam problemas ao trânsito nos horários
de picos da tarde porque eles têm
mais dificuldade para se enquadrar nos tamanhos das vagas existentes na capital paulista reservadas para os caminhões descarregarem suas mercadorias.
Dessa forma, diz a assessoria da
CET, eles não teriam facilidade
para parar nas vias públicas -já
que nem todos os estabelecimentos têm estacionamento exclusivo- e acabariam parando em fila
dupla ou circulando demais apenas para tentar encontrar vagas
adequadas. Essas conseqüências,
na avaliação da companhia, trariam mais prejuízos à circulação
do que a proibição existente hoje.
A CET ressalta ainda que esses
caminhões podem acessar essas
áreas, desde que fora dos picos da
tarde, quando a lentidão na capital paulista é maior. A empresa
afirma ainda que as vagas reservadas para carga e descarga tomaram como referência as dimensões do VUC, em meados dos
anos 90, depois de um amplo debate com os segmentos do setor.
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