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OUTRO LADO
Cadastro é tido como a origem dos problemas
DA AGÊNCIA FOLHA
Burocracia, limitações técnicas e até dificuldade de acesso
ajudam a explicar o elevado
número de bolsas ociosas.
Em Amapá (a 305 km de Macapá), que tem mais de 96% de
ociosidade, o prefeito Rildo
Alaor Teixeira (PDT) alega que
a causa foram falhas no cadastro. "Já estamos providenciando um novo cadastramento."
Teixeira diz que um barco com
dados de comunidades ribeirinhas da cidade afundou em dezembro de 2002. "Perdemos
todas as informações."
A Secretaria Municipal da
Educação de Recife informou
que as dificuldades devem-se à
adoção de um cadastro único
para os programas sociais, determinada pelo governo federal. A mudança exigiu uma nova coleta e a redigitação de dados, de acordo com o coordenador do Bolsa-Escola da secretaria, Manoel Moraes.
A alteração no cadastro também aparece entre os problemas que a Prefeitura de Manaus encontrou, afirma a coordenadora do Bolsa-Escola da
secretaria, Maria das Graças
Cardoso da Silva.
De acordo com o gerente do
Bolsa-Escola em Belo Horizonte, Carlos Rodrigues, a Secretaria Municipal da Educação só
repassa para a Caixa Econômica Federal as informações sobre as famílias cadastradas.
Em Natal, as secretarias municipais da Educação e do Trabalho e Assistência Social, responsáveis pelo cadastramento,
culparam a falta de estrutura física e de pessoal.
Segundo o responsável pela
listagem das famílias carentes,
Cláuber Giovanne Souza, da
Assistência Social, os cadastros
serão enviados à Caixa na próxima terça-feira.
Falta de recursos humanos
também foi a justificativa da
Secretaria Municipal da Educação de Aracaju. "Houve falta de
pessoal para o cadastramento",
declara Rosângela Cruz, diretora de ensino da secretaria.
Segundo a coordenadora do
Bolsa-Escola da Secretaria Municipal da Educação de Porto
Velho, Gláucia Félix, o número
de bolsas ociosas no cadastro
se deve a um problema com os
dados que foram enviados à
Caixa no começo do ano.
Os formulários precisaram
ser devolvidos para complementação. A tarefa ainda não
foi finalizada porque alguns
dados são de "beneficiários que
moram à beira de rios".
As secretarias municipais da
Educação de Porto Alegre e de
Goiânia alegaram problemas
técnicos durante o envio das
informações à Caixa, deixando
ociosas, respectivamente,
17,77% e 14,43% das vagas.
Os responsáveis pelo programa Bolsa-Escola nas cidades de
Fortaleza e Maceió não foram
localizados para falar sobre a
sobra de vagas.
(ADRIANA CHAVES, LÉO GERCHMANN, MAURO ALBANO, RÔMULO NEVES, SÍLVIA FREIRE,
THIAGO GUIMARÃES)
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