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Número de vítimas é subestimado
DA REPORTAGEM LOCAL
Os números sobre intoxicações
no país são subestimados. Como
os hospitais e os prontos-socorros
não são obrigados a notificar os
casos de envenenamento ao Ministério da Saúde, o país não faz
idéia da frequência real desse tipo
de ocorrência.
Segundo Rosany Bochner,
coordenadora do Sinitox, o sistema não tem informações de nove
Estados brasileiros e, mesmo os
que já fornecem os dados, o fazem
com muito atraso. "Tenho até
vergonha de dizer que os números de 2001 não estão prontos."
Para Bochner, a falta de um levantamento epidemiológico dá
munição para os fabricantes de
medicamentos e de produtos de
limpeza questionarem legalmente
certas determinações.
Uma delas são as embalagens de
segurança, que, por resolução da
Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), já deveriam ter
sido adotadas por todos os fabricantes de produtos de limpeza
com formulações corrosivas ou
fortemente alcalinas ou ácidas.
Desde agosto do ano passado,
esses produtos deveriam estar
saindo da fábrica com embalagem plástica e rígida, de difícil
ruptura, com tampa de dupla segurança à prova de abertura por
crianças.
"Sabemos que ainda há muito
produto no mercado fora dessas
especificações", diz. Segundo a
Anvisa, ao encontrar um produto
nessas condições, a população deve denunciar a irregularidade à
Vigilância Sanitária da sua cidade.
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