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Delegada libera motorista pego no bafômetro
DA REPORTAGEM LOCAL
O corretor de seguros André Luís Haddad de Assis, 32,
dirigia a sua perua Cherokee
branca anteontem à noite
por Moema (zona sul) quando foi parado por policiais
militares e preso em flagrante por suspeita de desacato,
desobediência, resistência e
agressão -acusado de fraturar dois dedos de um PM.
Conduzido ao 96º DP, foi
submetido a teste de bafômetro, que constatou nível
de álcool acima do permitido
para dirigir.
De acordo com os PMs
Carlos Massa Jr., 23, e Reginaldo Taiacoli, 38, Assis
apresentava sinais evidentes
de embriaguez -o bafômetro indicou 0,89 mg de álcool
por litro de ar expelido. Pela
lei, o homem teria de ser
multado, ter o carro apreendido, perder a carteira de habilitação e ser preso (por superar o índice de 0,1 mg/l).
Mas a delegada Maria
Cristina Lopes não se convenceu da embriaguez mostrada no bafômetro, disse
que ele não tinha sinais de
ter bebido, não o multou, não
reteve seu carro, devolveu
sua habilitação e o soltou.
Ela registrou o caso como
desacato, desobediência, lesão corporal e averiguação de
embriaguez ao veículo e solicitou que Assis passasse por
exames no IML (Instituto
Médico Legal). Ele, que nega
ter bebido, se recusou a tirar
sangue para constatar dosagem alcoólica, mas fez o teste
clínico de embriaguez. O médico que o examinou ainda
não concluiu o laudo.
Os PMs dizem que Assis
avançou o sinal vermelho,
parou sobre a faixa de pedestre, não usava cinto de segurança, trafegou pelo corredor de ônibus, não tinha documentação do carro, os xingou e torceu os dedos de
Taiacoli. Assis nega as acusações e diz ter sido ofendido e
agredido pelos PMs, que lhe
deram multa de R$ 955 sob a
acusação de dirigir embriagado. A Associação Brasileira
de Profissionais do Trânsito
diz que a delegada pode deixar de prender se não estiver
convencida das provas.
(KLEBER TOMAZ)
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