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Trabalho muda vida de excepcional
FREE-LANCE PARA A FOLHA CAMPINAS
A crescente inclusão de deficientes no mercado de trabalho
tem contribuído para mudar a visão de vida dessas pessoas.
Antes dependentes, hoje alunos
inseridos em empresas e instituições por meio de parcerias feitas
com a Apae-Campinas, eles se orgulham de ter uma profissão e ser
remunerados.
É o caso de Douglas Delling, 23,
que foi treinado pela Apae e hoje
trabalha na área de relações públicas da 3M. Ele ocupa o cargo mais
alto entre os dez excepcionais que
prestam serviços à empresa.
"Começamos a recrutar alunos
da Apae em 1995 e o trabalho deles deu muito certo. Eles são muito dedicados e contagiam os outros trabalhadores", disse a gerente de relações públicas da empresa, Carmela Carvalho.
Com o dinheiro ganho no trabalho, muitos chegam a ajudar no
rendimento familiar, além de realizarem desejos particulares.
Outros 15 excepcionais enviados pela Apae à PUC-Campinas
também já começam a perceber
que têm direitos a adquirir. Na
universidade, oito rapazes fazem
a limpeza externa e sete moças fazem faxina em salas de aula.
Segundo o coordenador de serviços gerais da PUC, Fernando
Carmona, a instituição oferece a
eles um salário mínimo, cesta básica, vale-refeição e férias.
Ele afirmou que, ao colocar excepcionais nos trabalhos de limpeza, pôde transferir funcionários
para outros serviços, obtendo
maior funcionalidade da equipe.
A exemplo dos alunos empregados na 3M, os alunos que trabalham na PUC também dizem que
só obtiveram vantagens ao assumir uma função remunerada.
"Estou pagando a conta d'água
lá de casa com o dinheiro que eu
ganho aqui. Gosto do trabalho",
afirmou Gerson Araújo, 20, que
integra o grupo.
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