São Paulo, domingo, 26 de setembro de 2004 |
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CAOS URBANO Cavaletes que anunciam empreendimentos imobiliários são dispostos como barreiras nas esquinas de São Paulo Placas com anúncios atrapalham trânsito e pedestre
FERNANDA MENA DA REPORTAGEM LOCAL Parada no meio-fio da praça Panamericana (zona oeste), em São Paulo, a balconista Evanilda Sônia, 23, olhou para um lado, para o outro. Não viu carro algum. Podia atravessar a rua. Foi ela colocar o pé no asfalto que já ouviu o barulho da freada. Sônia quase foi atropelada ao lado de uma placa de anúncio imobiliário que escondeu de sua visão o veículo que se aproximava. Como se não bastassem as propagandas eleitorais que confundem e dispersam o olhar, o paulistano ainda tem de enfrentar, aos finais de semana, um exército de placas e cavaletes que anunciam empreendimentos imobiliários e são dispostos como barreiras nas esquinas e canteiros centrais de grandes avenidas de São Paulo. "É uma lixarada isso tudo", queixa-se Lúcia Reale, 46, num ponto de ônibus da avenida Heitor Penteado. Ao lado do ponto, um cavalete bloqueava a visão do ônibus que se aproximava. Amarrados a postes, as placas e os cavaletes são colocados nas ruas nas noites de sexta-feira e retiradas na tarde de domingo. "Usamos os postes de indicação de rua porque são mais finos e precisam de menos arame para serem amarrados", explica João Marcos, 55, que trabalha para uma das empresas de anúncio. A proliferação desse tipo de anúncio tem enfurecido os pedestres. Alguns mais exaltados partem para o ataque: deitam as placas no chão, danificam sua estrutura, arrancam-lhe os pés. Um motorista que não estiver totalmente familiarizado com seu trajeto e topar com cinco placas numa esquina -situação que a reportagem encontrou mais de duas vezes em bairros como Pinheiros, Aclimação e Alto da Lapa-, pode se confundir, causar transtornos ou mesmo acidentes. Texto Anterior: Comportamento: Pais utilizam festa dos filhos como vitrine Próximo Texto: Outro lado: "Fiscalização é freqüente", diz a prefeitura Índice |
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