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Classe média adotou modelo há 3 décadas
DA SUCURSAL DO RIO
O estudo sobre a segregação social urbana em São
Paulo faz um relato histórico
dos primeiros condomínios
verticais e horizontais. A
classe média, que até meados dos anos 70 tinha como
principal opção as casas e
apartamentos nas áreas
mais centrais, foi primeiro
trocando essas habitações
pelos condomínios verticais,
prédios que, além de moradia, ofereciam também opções de lazer e serviços.
O bairro de Higienópolis
foi um dos pioneiros a oferecer esse tipo de condomínio.
Como marcos disso, as autoras citam os edifícios Bretagne e Louveira.
"O edifício Bretagne, com
seus 20 andares, tornou-se o
prédio mais alto do bairro e
um marco importante por
possuir ampla área de lazer,
além de bar e outras áreas
que favoreciam a sociabilidade dos moradores. Esse
edifício pode ser considerado o marco dos condomínios verticais que se multiplicaram a partir dos anos 70
por quase todas as áreas."
Após a proliferação dos
condomínios verticais fechados, começaram a surgir
os horizontais fechados, cujo marco foi o Alphaville, em
Barueri (Grande SP). "A
princípio, observou-se um
desenvolvimento limitado
desses conjuntos residenciais horizontais murados,
providos de extensas áreas
comuns equipadas com instalações esportivas, de lazer,
de serviços de uso exclusivo
de moradores, destinando-se aos grupos de mais altas
renda", dizem.
"O crescimento da violência é apenas parte do argumento que envolve as estratégias imobiliárias e de marketing. No entanto é a mais
exacerbada. Persuade consumidores que são diariamente bombardeados pela
mídia com relatos de crimes
violentos. O que nem sempre é explicitado é o apelo à
exclusividade."
(AG)
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