São Paulo, segunda-feira, 26 de setembro de 2011 |
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FOCO Capela que desabou em enchente de São Luiz do Paraitinga é reconstruída Restauro durou nove meses e custou R$ 1,1 milhão; próximo passo é reforma de catedral, com conclusão prevista para 2013 SILAS MARTÍ ENVIADO ESPECIAL A SÃO LUIZ DO PARAITINGA (SP) Uma quermesse, rojões e procissão marcaram ontem a reinauguração da capela de Nossa Senhora das Mercês, em São Luiz do Paraitinga, cidade do interior paulista quase toda destruída por uma enchente em janeiro de 2010. A capela erguida em 1814 era a segunda mais antiga da cidade e veio abaixo. Sobraram só fragmentos das paredes de taipa de pilão e a imagem da padroeira, uma santa em terracota do século 19. No restauro, que custou R$ 1,1 milhão e durou nove meses, arquitetos deixaram evidente que aquela é uma reconstrução da original. Estão expostas em vitrines, nas laterais, os restos e as ruínas do prédio velho. Uma estrutura em concreto armado, com fundações de quatro metros de profundidade, agora sustenta a nova igreja sobre os escombros da antiga. Também foram usados 7.200 quilos de aço e 100 mil tijolos de barro na obra. "Tivemos a postura de deixar muito claro que é uma reconstrução", diz Luiz Fernando de Almeida, presidente do Iphan, órgão federal de preservação do patrimônio histórico e artístico que coordenou a restauração. "É uma recomposição simbólica, com as marcas da tragédia." Refeita, a imagem de Nossa Senhora das Mercês, em barro cozido, adorna a nova versão do altar, que manteve elementos do antigo. "Ouvia falar que São Luiz do Paraitinga era uma cidade de festas maravilhosas até que houve essa tragédia absurda", disse a ministra da Cultura, Ana de Hollanda. "Agora devolvemos a capela e a santa à cidade." Outras imagens sacras foram recompostas, mas ainda esperam por uma casa. A catedral, que também veio abaixo, será restaurada pelo governo do Estado. A primeira etapa foi orçada em R$ 13 milhões e tem prazo de um ano e meio para a conclusão. Texto Anterior: Empresas vão ter incentivo para investir na zona leste Próximo Texto: Seis meses após chuva, morador do PR ainda enfrenta falta d'água Índice | Comunicar Erros |
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