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Secretária só
teve ânimo
após terapia
DA REPORTAGEM LOCAL
A menopausa veio para
derrubar, com ondas de calor, tristeza e desânimo, problemas no relacionamento.
A secretária Maria Tenório
da Costa, 50, diz que só teve
ânimo para voltar a trabalhar, fazer ginástica e namorar com a terapia hormonal.
Ela participa de pesquisa para a verificação dos efeitos da
reposição de estrogênio
-hormônio produzido nos
ovários, cuja secreção cessa
na menopausa - combinada com hormônio masculino, testosterona. O objetivo
é checar principalmente
efeitos sobre a qualidade da
vida sexual das pacientes, diz
Sônia Regina Lenharo Penteado, ginecologista do Projeto Sexualidade do Hospital
das Clínicas de São Paulo.
Mesmo tomando medicamentos antidepressivos,
Leonice Martins Parisi, 56,
diz que sentiu uma piora do
humor quando parou a terapia hormonal há alguns meses. "Acho que piorou minha qualidade de vida."
"Temos no outro extremo
uma população entrando na
menopausa ou "menopausada", com calores, suores, se
queixando ou não de alterações psicológicas em que o
uso do estrógeno pode ser
superpositivo, melhorar o
humor", afirma o psiquiatra
Cláudio Novaes Soares, autor de trabalho publicado
em uma das mais importantes revistas de psiquiatria estrangeiras sobre os benefícios do estrogênio até em depressões graves.
"Funcionou independentemente da presença de sintomas físicos", diz. O resultado ocorreu com estradiol
(um tipo de estrogênio) aplicado por via transdérmica
(na pele), pela qual a droga
cai direto na circulação.
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