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Governo não atingiu metas de programa
DA REPORTAGEM LOCAL
As metas do programa De
Volta para Casa foram todas
revistas. Lançado há um ano
pelo presidente Luiz Inácio
Lula da Silva como principal
projeto de saúde mental,
prometia atender 11 mil pessoas até 2006.
Só no ano passado, o governo pretendia beneficiar
com R$ 240 por mês 2.000
pessoas que estiveram pelo
menos dois anos internadas
e voltaram para casa, pagos
inicialmente durante um
ano. Até agora, apenas 472
pessoas já recebem. O maior
número, 89, é de Campinas
(SP), governada pelo PT.
Segundo o Ministério da
Saúde, a idéia agora é atender 10 mil pessoas até 2007.
O maior problema para a expansão foi a interpretação,
da Previdência Social, de que
pacientes que já recebiam o
benefício de prestação continuada para deficientes não
poderiam ter um segundo
auxílio. A Saúde protestou e
agora aguarda um novo parecer da Previdência.
Outro empecilho é a resistência das famílias e a falta
de documentação dos pacientes -o ministério pediu
que o Ministério Público auxilie na agilização.
"Todo mundo recebeu e
para mim não veio nada",
diz Luiz Antônio Buzinário,
50, que vive em uma residência terapêutica em Campinas. Ele já recebia o outro
benefício. Desempregado,
queria, com o dinheiro do
novo programa, comprar
panelas e cortar o cabelo.
"Mas não naquele de R$ 1,
que não é grande coisa."
(FL)
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