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São Paulo, domingo, 27 de julho de 2003

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Doença em bebê pode ser detectada antes do parto

DA REDAÇÃO

Nem só as mães podem apresentar problemas cardíacos. De cada mil crianças que nascem no mundo, de cinco a oito apresentam algum tipo de cardiopatia congênita.
Apesar de não haver regra para a hereditariedade, quando um dos pais -em especial a mãe- é portador, a incidência da anomalia no feto pode chegar a 10%.
Muitas vezes o problema já pode ser detectado antes mesmo de o bebê nascer, por meio de um exame intra-uterino denominado ecocardiografia fetal. "Quanto mais cedo o diagnóstico é feito, melhor", diz a cardiologista e cardiopediatra do Hospital do Coração, em São Paulo, Ieda Jatene, 47.
Ela explica que o diagnóstico precoce é fundamental para que sejam tomadas as devidas providências, que vão desde uma possível interrupção da gravidez até a busca por órgãos no caso de transplante ou ainda a preparação para uma cirurgia logo depois do parto. No entanto, o emprego da ecocardiografia fetal ainda é restrito no Brasil, não apenas por dificuldades econômicas como também técnicas.
Como a detecção da anomalia pode não ocorrer antes ou logo após o nascimento, a mãe deve estar atenta a alguns sinais. Cansaço para mamar, interrupção das mamadas, dificuldade para ganhar peso e se desenvolver, lábios e extremidades que ficam arroxeadas (cianóticas), inchaço do rosto ou da barriga, resfriados e infecções respiratórias de repetição -ou seja, uma atrás da outra- são indicadores de que algo pode estar errado e de que um médico deve ser consultado.
Nos casos mais graves, a cardiopatia na criança, se não for tratada, pode levar à morte.
Ieda Jatene também coordena o Centro de Referência de Cardiologia Pediátrica da Socesp (Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo), projeto criado com o objetivo de capacitar locais para atender a crianças com doenças cardíacas. Para participarem do programa, os locais, no Estado de São Paulo, já devem possuir um serviço de cardiopediatria. (BM)


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