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O corpo trava e os
dentes rangem,
diz jovem usuário
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
A atração da novidade é
um dos fatores que estimulam o consumo de zirrê, como afirma o estudante de
marketing Felipe, 22, usuário de maconha desde os 18.
"O zirrê apareceu como
um carro novo que ninguém
dirigiu ainda e todos queriam saber como era a direção. Os outros carros podiam
ser mais "potentes" mais esse
chamava a atenção por ser
diferente e você se sente o
máximo por ser um dos primeiros", diz o jovem.
A experiência parece antagônica. "Eu ficava com pensamento voando, viajava e
esquecia de todas as coisas,
mas, ao mesmo tempo, meu
corpo ficava travado e os
dentes rangiam", descreve
Felipe, que sentia o efeito da
droga por até 30 minutos.
Normalmente, zirrê é fumado e compartilhado entre
amigos. "Às vezes, eu nem sabia que estava fumando o zirrê. Um amigo me oferecia
um cigarro que parecia de
maconha e eu aceitava. Eu
fumava normalmente. Eu reclamava que não estava sentindo nada até me falarem
que era zirrê e percebia os
sintomas", alerta o carioca,
de classe media alta que considera uma sorte não ter se
viciado no crack.
Um jovem identificado como Adão no Orkut não teve o
mesmo destino: "...Nem da
maconha eu gosto mais...
Não vale a pena, além de não
sair mais da minha cabeça
ela levou meu dinheiro, minha moral, minha vontade
de trabalhar de fazer as coisas", escreveu.
(FW)
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