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São Paulo, domingo, 28 de setembro de 2003

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Neurocirurgião da USP dá duas versões em 24h

DA REPORTAGEM LOCAL

Apontado por neurocirurgiões de Goiânia e do Rio como um dos principais nomes da psicocirurgia em São Paulo, o médico Manoel Jacobsen Teixeira, 51, da Divisão de Neurocirurgia do Hospital das Clínicas e professor da Faculdade de Medicina da USP, deu duas entrevistas conflitantes à Folha num espaço de 24 horas.
No primeiro contato, em seu consultório no bairro de Higienópolis, na última quarta-feira, estimou ter feito 20 cirurgias psiquiátricas ao longo da carreira e "quatro a cinco" no ano de 2003, detalhando os procedimentos e os critérios que utiliza.
"A cirurgia psiquiátrica deve contemplar a necessidade do doente, as seleções clínicas, as seleções éticas. Existem limitações formais a indicações de alguns desses procedimentos, tendo em vista que alguns países não permitem a sua realização, especialmente países da Europa, por razões de ordem ética e moral", afirmou.
No dia seguinte, horas depois de a reportagem entrevistar uma advogada e uma psiquiatra do grupo técnico do Hospital das Clínicas, Jacobsen disse que nunca, em sua vida, fez cirurgias exclusivamente psiquiátricas.
Conforme falou no segundo contato, foram feitas só "cirurgias para doenças, na neurocirurgia funcional, em que havia alterações associadas, depressão ou algum tipo de anormalidade, alterações na área psiquiátrica".

Outro médico
Mencionado nas entrevistas pelo seu colega, o neurocirurgião Raul Marino Júnior não foi localizado. Vários recados foram deixados com sua assessoria nos últimos 15 dias, mas não houve resposta.

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