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Famílias aprovam a escolha que fizeram
DA REVISTA
Na visão dos pais ouvidos pela
pesquisa Datafolha, a escola de
seus filhos está aprovada: 39%
consideram que ela é boa e 33%,
ótima. As taxas de ruim e péssimo
foram baixas (3% para cada).
Quando o universo se restringe
às escolas particulares, a aprovação é ainda maior, com 50% de índice de ótimo e 44% de bom. A
nota média atribuída aos colégios
pagos foi de 8,4 numa escala de
zero e dez. Para a psicopedagoga
Neide de Aquino Noffs, 55, professora de metodologia de ensino
da Faculdade de Educação da
PUC-SP e especialista em ensino
básico, essa avaliação reflete uma
nova postura dos pais.
"Não se trata de conformismo,
mas sim de satisfação e, principalmente, de apostar no projeto pedagógico pensado para longo
prazo", observa. "Essa mudança é
benéfica para a educação porque
nenhum aluno pode ser avaliado
em apenas um ano. A instabilidade gera desarticulação e a estabilidade, aproveitamento."
Pode-se considerar uma surpresa a avaliação positiva também
das escolas públicas, que obtiveram 7,7 de média. Entre os pais
cujos filhos estudam num colégio
municipal ou estadual, 37% o
consideram bom e 28%, ótimo.
"O problema que cerca a escola
pública é a generalização. Há instituições muito boas na cidade,
mas as famílias de classe média
tendem a achar que todas são
muito ruins", diz Maria Silvia Bonini, 56, do Cenpec.
A boa avaliação das escolas é refletida também no grande número de pais que não deseja mudar
seus filhos de colégio no próximo
ano: 84%. As famílias que desejam efetuar a mudança justificam
o descontentamento citando como principais motivos professores (28%), métodos de ensino
(24%), falta de organização e disciplina (21%), violência (12%), infra-estrutura (10%), localização e
mensalidade (ambas com 9%).
Método de ensino foi o que mais
motivou a procuradora do Estado
Vera Wolff Bava Moreira, 37, a
trocar os filhos Tiago, 8, e Teodoro, 5, de escola. Desapontada com
a fusão do colégio Logos (mais liberal) com o Mater Dei (mais
conservador) e a escolinha de
educação infantil Bem-me-quer,
Moreira tirou os filhos do Logos e
os colocou no Madre Alix.
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