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Polícia investiga morte de bebê em creche na zona norte
DA REPORTAGEM LOCAL
A Polícia Civil aguarda a conclusão de exames periciais para
determinar se funcionários da
creche Pedacinho da Lua, na
zona norte, tiveram culpa na
morte de Gabriel Santos Ribeira, de sete meses. O menino
morreu de parada cardiorrespiratória na última sexta-feira.
Segundo o pai, o operador de
máquina Júlio César Ribeira,
26, Gabriel sofria de um problema de regurgitação de alimentos, que poderia causar sufocação acidental. Por isso, necessitava de atenção especial toda
vez que comia.
A creche afirmou por meio de
nota que todos os procedimentos recomendados em relação a
"alimentação, arroto, descanso
em posição vertical e colocação
para dormir foram adotados".
À TV Globo a diretora da creche Suzana Aparecida Leão disse que a família não havia comunicado os problemas de regurgitação. Ribeira afirmou
que a comunicação foi verbal.
Segundo a polícia, Gabriel foi
levado à creche Pedacinho da
Lua, na Vila Medeiros, às 11h de
sexta-feira, onde ele foi alimentado e colocado para dormir.
O pai do menino foi buscá-lo
às 14h. Ao chegar, esperou na
rua por seis minutos, quando
uma funcionária lhe pediu que
entrasse, pois seu filho não respirava.
Ribeira levou Gabriel ao hospital Nipo-brasileiro. Eles disse
à polícia que o menino estava
roxo e com a pele rígida.
"Foi uma negligência deles
[funcionários] não terem chamado o resgate. Se eu não tivesse chegado às 14h o meu filho
estaria morto ainda no berçário", disse Ribeira. A creche disse ter chamado o resgate ao
mesmo tempo em que Ribeira
entrou para ver o filho.
Segundo o médico Jorge Nakauchi, superintendente clínico do hospital, foi encontrado
alimento na garganta da criança -o que poderia ser a causa
da parada cardiorrespiratória.
Mas, de acordo com ele, não é
possível dizer se a comida foi
parar lá antes da parada ou em
decorrência do socorro.
Para a polícia, os sinais de pele arroxeada e rígida podem ser
indícios de que tenha havido
um lapso de tempo entre o momento em que o menino parou
de respirar e a comunicação da
emergência aos pais. Também
é investigada intoxicação.
O exame da perícia determinará a causa e o momento da
morte. Ontem houve manifestação na frente da escola. Os
pais de Gabriel serão ouvidos
hoje pela polícia.
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