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Método de
tratamento tem
dois séculos
DA REPORTAGEM LOCAL
A homeopatia tem dois séculos, é reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina e tem
seguidores em várias escolas
médicas, entre elas a Unifesp e
a Faculdade de Medicina da
USP. Mas a falta de pesquisas
que demonstrem sua ação a
desclassifica aos olhos de muitos alopatas. Poucas escolas
médicas têm a homeopatia como disciplina de graduação e,
quando têm, é optativa. O serviço público só agora começa a
considerar a homeopatia.
Para o professor Flávio Dantas, titular de homeopatia da
Federal de Uberlândia, há um
ciclo vicioso que emperra essa
terapêutica. Para ele, as pesquisas em medicina e com medicamentos exigem qualidade,
profissionais habilitados e,
conseqüentemente, muito dinheiro. "Como os remédios
homeopatas não interessam
aos laboratórios, não há investimento em pesquisa." Sem
pesquisa, não há credibilidade.
Caberia às instituições governamentais financiar estudos e
o treinamento de mais profissionais nessa área, diz Dantas.
Mas a principal dificuldade estaria sempre na comparação
com a alopatia. "São duas terapêuticas com princípios diferentes e que não podem ser
comparadas", diz o médico.
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