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Renda, nota e desinteresse são obstáculos
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Outros motivos que explicariam o grande número de
vagas ociosas no ProUni são
a renda familiar fixada para
se obter o benefício, a nota
exigida e a falta de vagas em
cursos de interesse dos estudantes, dizem especialistas.
Ryon Braga, da consultoria
Hoper, defende que a renda
familiar per capita exigida no
programa seja elevada de
três salários mínimos para
cinco, para ampliar o número de bolsistas.
Presidente da ABMES (Associação Brasileira de Mantenedoras do Ensino Superior) e reitor da Anhembi-Morumbi, Gabriel Mário Rodrigues aponta a nota do
Enem como o maior filtro.
"Os estudantes do ProUni
são os melhores alunos da escola pública", diz.
O consultor Raulino Tramontin, que faz assessoria
para a ABMES, cita também
a possibilidade de candidatos
que atendem aos critérios do
programa não conseguirem
vagas nos cursos que desejam. "Alguns cursos só têm
bolsas parciais", afirma
Adriana Ferreira, presidente
da Guna (associação que reúne alunos do ProUni).
Para o secretário de Educação Superior do MEC, Ronaldo Mota, a sobra de vagas
é um problema que se resolve "gradativamente", já que
as bolsas que têm impacto
sobre a renúncia fiscal, quando vagas, são oferecidas novamente no processo seletivo seguinte.
O MEC cita ainda que mais
bolsas devem ser preenchidas quando mais estudantes
aderirem à possibilidade de
aliar a bolsa parcial do ProUni ao Fies, financiando a parte paga da mensalidade.
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