São Paulo, segunda-feira, 30 de junho de 2008

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Renda, nota e desinteresse são obstáculos

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Outros motivos que explicariam o grande número de vagas ociosas no ProUni são a renda familiar fixada para se obter o benefício, a nota exigida e a falta de vagas em cursos de interesse dos estudantes, dizem especialistas.
Ryon Braga, da consultoria Hoper, defende que a renda familiar per capita exigida no programa seja elevada de três salários mínimos para cinco, para ampliar o número de bolsistas.
Presidente da ABMES (Associação Brasileira de Mantenedoras do Ensino Superior) e reitor da Anhembi-Morumbi, Gabriel Mário Rodrigues aponta a nota do Enem como o maior filtro. "Os estudantes do ProUni são os melhores alunos da escola pública", diz.
O consultor Raulino Tramontin, que faz assessoria para a ABMES, cita também a possibilidade de candidatos que atendem aos critérios do programa não conseguirem vagas nos cursos que desejam. "Alguns cursos só têm bolsas parciais", afirma Adriana Ferreira, presidente da Guna (associação que reúne alunos do ProUni).
Para o secretário de Educação Superior do MEC, Ronaldo Mota, a sobra de vagas é um problema que se resolve "gradativamente", já que as bolsas que têm impacto sobre a renúncia fiscal, quando vagas, são oferecidas novamente no processo seletivo seguinte.
O MEC cita ainda que mais bolsas devem ser preenchidas quando mais estudantes aderirem à possibilidade de aliar a bolsa parcial do ProUni ao Fies, financiando a parte paga da mensalidade.


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