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Eletrônicos se esforçam para reduzir ociosidade
DA REPORTAGEM LOCAL
Enquanto a indústria de papel e celulose opera a todo o vapor para dar conta das encomendas nos mercados interno
e externo, a indústria eletroeletrônica, dependente das vendas domésticas, se esforça para
trabalhar com 65% da sua capacidade instalada.
"A indústria de papel e celulose tem uma condição especial. É competitiva e tem forte
acesso ao mercado internacional. As fábricas estão até recuperando um pouco o emprego", afirma Boris Tabacof, presidente do conselho de administração da Cia. Suzano. Nos
últimos cinco anos, diz, o setor
investiu, em média, US$ 1,1 bilhão por ano -valor que deve
se repetir neste ano.
A indústria eletroeletrônica
já não tem o mesmo ânimo.
Dependente do mercado interno, que está contido, e de crédito, que está caro e escasso, esse
setor está ansioso para reduzir
a ociosidade das fábricas, da
ordem de 35%.
"Estamos operando com
60% a 65% da nossa capacidade. O normal seria esse percentual estar em torno de 85%",
diz Cláudio Vita Filho, vice-presidente da divisão Philco do
grupo Itautec-Philco.
A indústria de TV instalada
em Manaus, diz, tem capacidade para fabricar cerca de 10 milhões de aparelhos anuais, mas
esse mercado não deve passar
de 5 milhões de unidades neste
ano. "Além da escassez e do
custo alto do crédito, a taxa de
câmbio instável atrapalha o setor", afirma.
A Philco, diz, que chegou a
ter cerca de 2.500 funcionários,
emprega hoje cerca de 860 pessoas. Apesar de o mercado estar retraído, diz, a empresa não
pode parar de investir -a
companhia gasta cerca de R$ 15
milhões por ano em pesquisa e
desenvolvimento de produtos.
A Hering, fabricante de roupas, informa que opera com
80% da capacidade, apesar de
ser exportadora -20% da produção vai para o mercado internacional. "Gostaríamos de
trabalhar com 90% da capacidade", diz Ulrich Kuhn, diretor
da companhia. A Hering investe cerca de R$ 9 milhões por
ano em novas tecnologias e vai
manter esse valor.
(FF)
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