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Exportadora paga frete aéreo para cumprir contrato
JOSÉ MASCHIO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM LONDRINA
A Embraco (Empresa Brasileira de Compressores) está recorrendo ao transporte aéreo
para cumprir contratos de entregas de compressores aos Estados Unidos e à Europa. A empresa, com sede em Joinville e
unidades na China, na Itália e
na Eslováquia, exporta 70% de
sua produção. Neste ano, as
vendas externas devem chegar
a US$ 270 milhões.
Para manter essa meta, no
entanto, a empresa está "pagando" para exportar. É que a
exportação aérea é dez vezes
mais cara do que pela via marítima. "Temos contratos que
precisam ser cumpridos e,
mesmo com o custo do frete
aéreo maior do que o do produto, não podemos deixar nossos clientes na mão", afirma o
diretor corporativo de Materiais, Ricardo Domicent.
Johni Richter, diretor corporativo de Operações, lembra
que a empresa exporta componentes, e não produto final. "Se
o compressor não chega aos
EUA, nossos clientes não fabricam a geladeira. Pára toda uma
cadeia produtiva", afirma.
Os dois diretores da Embraco
criticam a falta de investimentos em infra-estrutura e logística. "E não é só verba. O governo federal tem que ter sensibilidade para facilitar as iniciativas
de melhoria da logística de exportação", afirma Domicent.
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