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Para Genoino, oposição não tem credibilidade
DA REPORTAGEM LOCAL
DA SUCURSAL DO RIO
O presidente nacional do PT, José Genoino, disse ontem que o governo trabalha para reorganizar o
país e "executar o compromisso
de mudança".
Ele participou da missa na Igreja Matriz de São Bernardo, ao lado
do presidente Lula. Sobre o salário mínimo, Genoino defendeu o
reajuste concedido, de R$ 20. "É
claro que gostaríamos de outro
índice, mas não foi possível". Para
ele, a oposição não tem credibilidade para criticar o governo.
O ministro da Casa Civil, José
Dirceu, declarou que o reajuste
dado ao salário mínimo foi o possível, mas destacou o aumento do
salário-família.
O coordenador nacional do
MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), João Pedro Stedile, disse ontem, durante
manifestação pelo 1º de Maio, no
Rio, que o presidente Lula deveria
ter demitido, por telefone, o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, por ele ter admitido que a política econômica atual é igual a do
governo de Fernando Henrique
Cardoso.
Stedile se referia à declaração de
Palocci, em 16 de abril, de que não
se sentia ""ofendido" pela comparação de sua política à da gestão
FHC. Ele disse que a partir de agora o MST fará manifestações toda
última terça-feira do mês em frente ao Banco Central, em Brasília,
pedindo mudança da política econômica.
As críticas à política econômica
deram o tom na manifestação pelo Dia do Trabalho promovida
pelo movimento ""Ação da Cidadania, contra a Fome, a Miséria e
pela Vida". Stedile chamou a elite
brasileira de ""nojenta" por não
criar mais empregos.
Dom Thomaz Balduíno, presidente da Comissão Pastoral da
Terra, que liderou a caminhada
ao lado de Stedile, disse que o modelo econômico é ""perverso, iníquo e nos escraviza e aniquila".
Cerca de 1.500 pessoas, na avaliação do coordenador-geral do
movimento Ação Cidadania,
Maurício Andrade, participaram
da manifestação, no Aterro do
Flamengo, zona sul do Rio. A polícia estimou o público em cerca
de mil pessoas.
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