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"Nosso papel é protestar", diz Paulinho
DA REPORTAGEM LOCAL
As mudanças sofridas pela
CUT (Central Única dos
Trabalhadores) nos últimos
dez anos diminuíram as diferenças entre a central e sua
sua principal concorrente, a
Força Sindical. No entanto, a
Força informa que, assim
como a CUT mudou, ela
também pretende mudar: só
que em sentido contrário.
Criada em março de 1991
com o apoio financeiro de
empresários, a central representa 16 milhões de trabalhadores em cerca de 1.800
sindicatos filiados -de
acordo com dados de dezembro do ano passado.
A Força Sindical, presente
em todos os Estados do país,
é presidida por Paulo Pereira
da Silva, o Paulinho.
Em 1998, o sindicalista
apoiou a reeleição de Fernando Henrique Cardoso
(PSDB) à Presidência. E, no
governo FHC, defendeu,
com o então ministro do
Trabalho, Francisco Dornelles, a flexibilização da CLT.
A proposta era que o negociado entre patrões e empregados pudesse se sobrepor à
legislação trabalhista.
Em 2002, o sindicalista foi
candidato a vice-presidente
na chapa de Ciro Gomes
(PPS). Após a derrota, a central buscou recuperar o espaço perdido.
Com a eleição do presidente Lula, a Força quer
ocupar o lugar que antes cabia à CUT.
"Esse é um governo de
muita reunião e pouca decisão. Nosso papel é protestar", diz Paulinho.
As realizações da Força
sempre foram marcadas por
ações de marketing. Nas comemorações do 1º de Maio,
por exemplo, optou por megafestas com sorteios de prêmios e shows grandiosos.
Desde 1998, a central reúne
multidões de trabalhadores
nos festejos.
(CR e FF)
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