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SAIBA MAIS
Entenda como os "fundos seguros" perderam
O que são fundos DI e de renda
fixa?
Os fundos DI e de renda fixa
têm sua rentabilidade atrelada
às taxas de juros. Os primeiros
acompanham as taxas pós-fixadas. Já os segundos têm sua
rentabilidade amarrada aos juros prefixados. Ambos devem
ter, no mínimo, 80% de sua
carteira aplicada em títulos públicos emitidos pelo Tesouro
Nacional ou pelo Banco Central ou por empresas privadas
com baixo risco de crédito.
Por que esses fundos, considerados tão seguros, tiveram perdas tão grandes?
Esses fundos são considerados
seguros porque não aplicam
em ativos considerados agressivos. Ao mesmo tempo, os títulos públicos, que formam a
carteira desses fundos, são tidos como papéis de baixo risco, já que, geralmente, a hipótese de calote do governo federal é considerada remota.
O que vem acontecendo recentemente é que esse risco de
calote, geralmente percebido
como pequeno, vem aumentando nos últimos tempos.
Uma das causas disso são as
incertezas sobre o que o presidente da República a ser eleito
em outubro fará com a dívida
interna.
Outra razão para o medo de
calote vem do grande crescimento da dívida pública nos
últimos anos e da sua composição, considerada explosiva.
Aproximadamente 80% da dívida pública é pós-fixada, corrigida por juros e pelo dólar.
A recente disparada da moeda norte-americana tem, portanto, feito a dívida aumentar
ainda mais.
Por que as novas regras de
contabilidade dos fundos revelaram perdas tão expressivas
anteontem?
Porque a maior parte dos fundos não considerava a desvalorização que os preços dos títulos públicos, principalmente as
chamadas LFTs, vinham sofrendo no mercado recentemente.
Essa desvalorização tem sido
provocada pelo crescente risco
de crédito.
A partir de agora, os fundos
terão de refletir essas variações
diárias nos valores dos ativos.
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