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Faturamento da indústria cresce 13,2%, apura CNI
Confederação registra avanço no emprego
EDUARDO CUCOLO
DA FOLHA ONLINE, EM BRASÍLIA
A CNI (Confederação Nacional da Indústria) reconheceu
ontem que subestimou os números sobre o crescimento da
economia neste ano, que levaram o setor a registrar novos
números recordes em julho.
Apesar da desaceleração esperada para o mês passado, o
faturamento do setor registrou
expansão de 13,2% em 12 meses
e um resultado recorde de 9%
no acumulado do ano.
O gerente da Unidade de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco, afirmou
que a entidade irá rever neste
mês a previsão de crescimento
da economia brasileira neste
ano. A projeção atual é de 5%,
em linha com a feita pelo governo federal.
Ele afirmou também que ainda não há sinais de que haverá
uma desaceleração no resultado da indústria neste ano, mas
disse que os números do setor
não confirmam a avaliação do
Banco Central de que há descompasso entre o crescimento
da oferta e da demanda no mercado interno.
"O setor industrial não é a
fonte maior das pressões inflacionárias", afirmou Castelo
Branco. Ele afirmou que o valor
recorde do uso da capacidade
instalada alcançado em julho
(83,5%) não significa que haja
um gargalo na oferta de produtos, o que poderia pressionar os
preços. Segundo a CNI, esse indicador aponta apenas a maturação dos investimentos feitos
desde 2006.
Entre as indústrias que mais
investiram na ampliação da
produção nos últimos 12 meses, estão as montadoras de veículos. A capacidade instalada
delas passou de 87,2% para
90,3%, de acordo com a CNI.
Em relação à reunião do Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) da próxima semana, o economista
disse que os números da inflação apontam para uma acomodação de preços.
"Há sinais de que talvez a política monetária não precise ser
apertada por um período tão
longo como foi apontado pelo
BC", afirmou Castelo Branco.
Emprego
Os resultados se refletiram
no emprego. O número de trabalhadores na produção industrial cresceu 4,4% no ano, as
horas trabalhadas tiveram alta
de 6,1% e a massa salarial avançou 5,6%.
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