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Alimentos vivem boom de investimento
DA REPORTAGEM LOCAL
As incertezas econômicas e
políticas podem frear investimentos. Mas isso não é uma regra dentro do setor industrial.
A Sadia, maior fabricante nacional de alimentos no país, vai
investir R$ 120 milhões neste ano
-32% a mais do que em 2001. A
Nestlé também deve desembolsar mais, assim como a Bauducco e a AmBev, segundo analistas
de mercado.
A principal razão é a necessidade de elevar as exportações e de
as companhias tornarem-se
mais competitivas no mercado
internacional. Outro motivo é a
quase obrigação de aplicar recursos em companhias recém-adquiridas. Além da possibilidade de novas compras de empresas -dentro e fora do país.
Para isso, as companhias precisam desembolsar mais recursos.
Setores que investem
A Nestlé acaba de comprar a
Garoto e já investiu nela R$ 50
milhões. Esse recurso será aplicado apenas a curto prazo, depois vem mais. A Bauducco, que
comprou a Visconti, também
acaba indo pelo mesmo caminho. O que pode justificar esse
aumento de investimentos é a
necessidade de criar sinergia entre as companhias e reformular o
parque industrial da empresa
comprada.
Além disso ainda há investimentos em mídia, que tendem a
crescer quando há fusões e aquisições entre companhias.
Analistas ressaltam, entretanto, que os investimentos maiores
são feitos especialmente por empresas altamente exportadoras,
como na área de alimentos e de
siderurgia. O problema é que
não há expectativas de grande
aumento no envio de itens para o
mercado externo neste ano.
Isso porque os clientes brasileiros no exterior ainda estão em
processo de retomada na economia, como EUA e Europa.
"O fluxo de investimentos em
todo o mundo caiu 40% em 2001
e deve subir em torno de 8% em
2002", afirma Antonio Carlos de
Lacerda, da Sobeet, entidade que
faz estudos de investimentos no
mundo.
"É melhor, mas ainda estamos
saindo de uma situação muito
ruim e essa recuperação vai ser
lenta", disse.
(AM e FF)
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