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Mantega não gostou, dizem assessores
JULIANA ROCHA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A primeira entrevista da
nova secretária da Receita
Federal, Lina Vieira, publicada ontem pela Folha,
foi mal recebida pelo ministro Guido Mantega
(Fazenda). Assessores
próximos do ministro disseram que ele ficou contrariado com as declarações sobre aumentar o número de alíquotas do IR.
Para a equipe econômica, não será possível criar
mais faixas pelo menos até
o final de 2009. Na entrevista, a secretária não citou prazo para ampliar o
número de alíquotas. Hoje
são duas: 15% e 27,5%,
além da faixa de isenção.
A avaliação da área técnica da Fazenda é que, até
o próximo ano, todos os
esforços têm de estar voltados para o controle da
inflação. Para isso, o crescimento econômico e o
consumo devem ser mantidos sob rédea curta.
A previsão de Mantega é
que o PIB vai crescer 5%
neste ano e 4,5% no ano
que vem. Um resultado
maior do que esse seria
um erro porque poderá
gerar mais inflação.
Os técnicos da Fazenda
comentaram que a criação
de mais alíquotas promoveria desoneração tributária para a classe média. Isto significa mais dinheiro
nas mãos da parte da população que consome.
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