KAMILA FERNANDES
DA AGÊNCIA FOLHA, EM FORTALEZA

As fraudes no seguro-defeso de pescadores de lagosta no Rio Grande do Norte podem chegar a quase 40% do valor total do benefício pago pelo governo federal neste ano no Estado. Cerca de 5.000 pessoas estariam cadastradas irregularmente. Quatro inquéritos foram instaurados pela Polícia Federal para apurar as denúncias de fraudes.
Pelos cálculos da DRT (Delegacia Regional do Trabalho), há indícios de fraude envolvendo R$ 3,7 milhões, do total de R$ 9 milhões pagos a pescadores no período do defeso da lagosta, de 1º de janeiro a 30 de abril.
Exemplo das fraudes são as mais de 2.000 marisqueiras -mulheres que pescam lagosta miúda (menores que as medidas permitidas) em corais.
Ao saber sobre a flexibilização do benefício, todas se cadastraram para receber o dinheiro, apresentando a documentação exigida, apesar de desempenhar uma atividade proibida.
Para o delegado da PF Joselito Souza, a responsabilidade sobre a a veracidade da informação de que uma pessoa é pescadora de lagosta cabe ao presidente da colônia de pesca.


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