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POLÊMICA
Contrato foi firmado em 97 e deixa clara cobrança de taxa tecnológica
Monsanto e Embrapa têm acordo de cooperação técnica
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Em 1997, dona de uma patente
registrada no Inpi (Instituto Nacional de Propriedade Intelectual)
e antes mesmo do primeiro pedido de liberação para o cultivo comercial da soja transgênica, a
Monsanto assinou contrato de
cooperação técnica com a Embrapa para desenvolver sementes resistentes ao glifosato (substância
que compõe o herbicida) e adaptadas às várias regiões do país.
O texto do contrato deixa claro
que a Monsanto receberá dos
produtores de sementes taxa pelo
uso de sua tecnologia. "A taxa tecnológica a ser negociada e cobrada pela Monsanto dos parceiros
da Embrapa não pode ser maior
do que a cobrada de outros parceiros diretos da própria Monsanto", diz o texto.
Acordos semelhantes foram feitos com a Codetec (Cooperativa
Central de Desenvolvimento Tecnológico), do Paraná, e a Pioneer,
do Rio Grande do Sul.
Alexandre Cattelan, chefe-adjunto de comunicação e negócios
da Embrapa Soja em Londrina
(PR), onde são produzidas as cultivares de soja transgênica, avalia
que a Monsanto poderá cobrar de
US$ 15 a US$ 20 pelos direitos de
propriedade intelectual do gene
resistente ao herbicida.
Ivo Carraro, diretor da Codetec,
acha que o custo de sementes por
hectare plantado pode ir a R$ 150
com a taxa tecnológica.
As sementes desenvolvidas estariam disponíveis no mercado
para o plantio em 2005 ou 2006. A
Abrasem (Associação Brasileira
dos Produtores de Sementes)
quer garantir a imediata multiplicação por meio de emenda à medida provisória editada pelo governo para liberar o plantio neste
ano de sementes clandestinas.
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