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Avanço interno será o maior dos emergentes
DA REPORTAGEM LOCAL
Enquanto os brasileiros se
preparam para competir
com grifes instalando-se no
exterior, estimativas da consultoria Bain & Company
mostram que, entre os emergentes, o Brasil será o país
em que o mercado de luxo
crescerá mais. Em faturamento, a expansão brasileira
nos próximos cinco anos será de 35%, seguida da China
(35%), da Índia (25%) e da
Rússia (20%).
Segundo Claudia D'Arpizio, sócia da Bain & Company, o aumento do poder de
compra do brasileiro pela
maior oferta de crédito e o
crescimento do número de
milionários no país serão o
motor desse desempenho.
Ainda de acordo com ela, o
país receberá 50 marcas estrangeiras até 2013.
Marco Bizarri, presidente
da Stella McCartney, é o primeiro deles a desembarcar
no país com a grife italiana.
Nessa semana, ele abrirá
uma loja na NK Store, da empresária Natalie Klein. "Será
uma "shop in shop" [loja dentro da loja], mas pensamos
em montar uma unidade
própria em São Paulo", diz
Bizarri. "Existe a chance de
partirmos depois para outras
cidades, mas vamos com cautela. Até na Europa as marcas tomam cuidado com a
abertura de lojas."
Desafio
Para Diego Stecchi, diretor-geral da Salvatore Ferragamo para América Latina e
Caribe, o Brasil oferece grandes oportunidades e muitos
desafios. "Certamente haverá mais consumidores porque o endividamento do brasileiro ainda é baixo comparando com outros países."
Segundo ele, o problema é
o parcelamento das compras. "Para manter o glamour de uma marca, não dá
para viver em promoção."
Por outro lado, as caraterísticas dos consumidores do
país, que preferem o parcelamento, acabou forçando as
empresas a reverem estratégias. A Tiffany é uma delas.
Desde sua chegada ao país, a
grife de jóias não aceitava o
parcelamento. Para se adequar ao mercado, ela decidiu
abrir uma exceção e, dependendo do valor da compra,
dividi-la em prestações.
(JW)
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