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São Paulo, domingo, 09 de março de 2003

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Governo eleva a R$ 3,5 bi verba para financiar pequenas empresas, que, para Lula, podem criar empregos

Dinheiro para micro vai compensar cortes

DA REPORTAGEM LOCAL

O corte nos recursos para qualificar e recolocar o trabalhador no mercado será compensado com programas de financiamento para micro e pequenas empresas. No entender do governo Lula, os médios empreendedores poderão criar novas oportunidades de emprego e também elevar a renda.
Para este ano, estão previstos R$ 3,5 bilhões para financiamento de micro e pequenas empresas ou 9,3% mais do que no ano passado, segundo a Secretaria de Políticas Públicas de Emprego do Ministério do Trabalho. Esse dinheiro também virá do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador). "Essa será a alternativa para combater o desemprego no país", afirma Remígio Todeschini, secretário de Políticas Públicas de Emprego.
Os R$ 3,5 bilhões serão repassados para 11 programas de financiamento do governo, como o Proger (Programa de Geração de Emprego e Renda) urbano e o rural. Mas obter esse financiamento, diz, também não será fácil.
"Os empréstimos serão concedidos aos empreendedores que tenham metas claras na geração e na manutenção de emprego", diz o secretário. O financiamento custará 11% ao ano mais TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo).
O financiamento ao pequeno empreendedor, diz Todeschini, será uma forma até de minimizar a política recessiva do próprio governo, que mantém, por exemplo, as taxas de juros elevadas. "Não vamos ficar parados. Vamos liberar recursos para os pequenos empreendedores como forma também de atenuar os efeitos de uma economia mais recessiva."
O governo federal deve anunciar ainda até o final de março outros projetos para combater o desemprego. A Secretaria de Políticas Públicas de Emprego informa que os programas já desenvolvidos com essa finalidade estão sendo revistos e os novos estão em fase de discussão.
Uma das bandeiras durante a campanha eleitoral do governo Lula, o Primeiro Emprego, destinado a jovens de 16 a 24 anos, deverá ser o primeiro a sair do papel. (FÁTIMA FERNANDES E CLAUDIA ROLLI)


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