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PERSONAGENS
Diferença em extratos faz ex-metalúrgicos desistirem de acordo para esperar decisão da Justiça
Contas de R$ 10 mil viram R$ 450
DA REPORTAGEM LOCAL
"Quando a gente fica sabendo
dessas coisas, perde ainda mais o
crédito no governo", diz o aposentado Gentil Fernandes Rosa,
52, ao saber da diferença nos
seus extratos do FGTS fornecidos pela Caixa Econômica Federal e pelo Itaú.
Pelas contas feitas pelo advogado Paulo Bonadies, o trabalhador tem a receber R$
7.868,78, considerando seu saldo
da época no banco privado, e R$
4.588,38, levando em conta o saldo informado no extrato da Caixa. Esses valores estão atualizados até este mês. A diferença
chega a 71,49%.
O metalúrgico aposentado
afirma que se arrependeu de ter
assinado o termo de adesão do
governo e vai aguardar "o quanto for necessário" para receber
sua correção pela Justiça.
"Se eu não tivesse alguém para
conferir as minhas contas, teria
aceitado o valor sem questionar
nada. Iria receber em cinco parcelas e errado. Só que pelo processo o pagamento vai sair de
uma só vez", diz Rosa.
Operário da Ford Caminhões
entre 81 e 96, ele disse que só
soube que seus extratos do Itaú e
da Caixa tinham saldos diferentes para 2 de abril de 90 ao procurar o Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo para se inscrever na ação ganha pela categoria.
O ex-metalúrgico Gil Carlos
Garcia, 55, já recebeu três extratos de contas do Fundo referentes a seis trocas de emprego entre duas empresas num período
de 30 anos -entre 60 e 90.
Pelos cálculos do advogado
Bonadies, ele teria a receber
pouco mais de R$ 10 mil, mas,
pelo extrato da Caixa, o valor cai
para R$ 450. "Vou esperar a ação
do sindicato. Não sei se houve
erro no banco ou na Caixa, mas,
se está errado, quero o meu dinheiro."
(CR e FF)
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