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SAIBA MAIS
Expectativa das instituições influi na decisão do BC
DA REPORTAGEM LOCAL
Um dos pontos a que o Banco Central se atém para definir
o rumo de sua política monetária é a evolução das expectativas das instituições financeiras
sobre a inflação futura.
Se essas expectativas se deterioram -ou seja, passa-se a esperar por uma inflação maior
para determinado período-,
o Copom (Comitê de Política
Monetária, formado por diretores e pelo presidente do BC)
acaba por assumir uma atitude
mais dura, que pode chegar à
elevação da taxa básica.
Isso é exatamente o que tem
acontecido desde julho, quando o BC passou a sinalizar com
uma alta dos juros, concretizada na reunião de setembro,
quando a Selic subiu pela primeira vez em mais de um ano,
passando de 16% para 16,25%.
Se os bancos traçarem cenários muito pessimistas, podem
levar o BC a ser exageradamente conservador, elevando os juros para evitar que esses cenários se concretizem.
E taxas de juros em níveis
mais elevados oneram a produção, o que tem reflexos negativos sobre o crescimento da
economia.
A alta dos juros também encarece o custo da manutenção
da dívida do governo. Boa parte da dívida pública é composta
por títulos atrelados à oscilação
da taxa básica de juros.
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