|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
NO VERMELHO
Objetivo é reduzir riscos
Novos contratos agora têm prazo de validade
DA REPORTAGEM LOCAL
O atraso no pagamento de dívidas entre empresas e fornecedores chegou a tal ponto que há
companhias que só fecham novos
contratos com bons pagadores e
até determinado período.
Fornecedores de plásticos têm
fechado contratos de entrega até
15 de setembro. Depois disso, se
não houver reajuste nos preços,
segundo a variação do dólar, e pagamento em dia, não há negócio.
Tudo é feito com o objetivo de reduzir perdas e diminuir os riscos.
O cuidado está em fechar contratos reajustados com bons pagadores e que aceitem propostas
de aumento agora. O setor não
tem enfrentado alto nível de calote. Segundo a Folha apurou, há
casos isolados. O temor é daqui
para a frente. Os fornecedores de
plásticos pedem reajuste de 25%.
No setor eletroeletrônico, há
contratos sendo finalizados, com
alongamento do prazo de pagamento para as próximas entregas.
As empresas até aceitam o reajuste pedido pelo fornecedor de insumos, mas querem quitar a fatura em prazo mais longo, segundo
a Folha apurou.
A situação está delicada porque
a inadimplência atinge níveis elevados desde 2001. A renda da população ficou deprimida neste
ano, há menos recursos disponíveis, mas os gastos das famílias
crescem. Com menos recursos no
bolso, a população atrasa o pagamento das contas, as empresas
(supermercados e lojas de varejo)
não recebem o pagamento em dia
e não têm como pagar seus fornecedores. Resultado: toda a estrutura da cadeia fica comprometida. Com a expectativa de aumento nos custos das empresas, após a
escalada do dólar, a negociação fica ainda mais delicada.
(AM)
Texto Anterior: Megapacote: Socorro do FMI cobre buraco das contas externas em 2003 Próximo Texto: Artigo: Pacote é derrota para próximo presidente Índice
|