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AGRICULTURA
Baixa oferta de milho pressiona importação
CÍNTIA CARDOSO
DA REPORTAGEM LOCAL
Os primeiros cem dias do governo Lula terão como principal
desafio na agricultura o risco de
desabastecimento de milho. A
avaliação é da CNA (Confederação Nacional de Agricultura).
Os motivos para uma eventual
crise de fornecimento de milho
são o atraso ou até mesmo o abandono do plantio da safra de verão,
conhecida como safrinha.
O atraso é causado por condições climáticas desfavoráveis. Já o
abandono tem fatores econômicos. O milho safrinha, por ser
uma cultura plantada no intervalo da safra de soja, é considerado
de alto risco. Por essa razão, seguradoras agrícolas não aceitam
contratos com o produto. Isso termina por afastar os produtores da
cultivo de milho."A recomendação das seguradoras é não aceitar
esse tipo de contrato", diz Hércules Xavier, da Aliança do Brasil.
Segundo o Ministério da Agricultura, até o final do mês serão
anunciadas medidas de apoio à
produção do milho safrinha.
A Conab (Companhia Nacional
de Abastecimento) prevê para este ano agrícola- de 1º de fevereiro de 2003 a 31 de janeiro de
2004- a necessidade de importar
600 mil toneladas. A produção da
safra de verão está estimada em 36
milhões de toneladas.
Alguns analistas defendem o
sorgo como uma substituto para
o milho em rações. "Neste ano, a
produção cresceu e vai atingir 1,5
milhão de toneladas, só que não
será suficiente para suprir o mercado", diz Cássio Camargo, da
Associação Paulista de Semente.
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