São Paulo, domingo, 12 de janeiro de 2003

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AGRICULTURA

Baixa oferta de milho pressiona importação

CÍNTIA CARDOSO
DA REPORTAGEM LOCAL

Os primeiros cem dias do governo Lula terão como principal desafio na agricultura o risco de desabastecimento de milho. A avaliação é da CNA (Confederação Nacional de Agricultura).
Os motivos para uma eventual crise de fornecimento de milho são o atraso ou até mesmo o abandono do plantio da safra de verão, conhecida como safrinha.
O atraso é causado por condições climáticas desfavoráveis. Já o abandono tem fatores econômicos. O milho safrinha, por ser uma cultura plantada no intervalo da safra de soja, é considerado de alto risco. Por essa razão, seguradoras agrícolas não aceitam contratos com o produto. Isso termina por afastar os produtores da cultivo de milho."A recomendação das seguradoras é não aceitar esse tipo de contrato", diz Hércules Xavier, da Aliança do Brasil.
Segundo o Ministério da Agricultura, até o final do mês serão anunciadas medidas de apoio à produção do milho safrinha.
A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) prevê para este ano agrícola- de 1º de fevereiro de 2003 a 31 de janeiro de 2004- a necessidade de importar 600 mil toneladas. A produção da safra de verão está estimada em 36 milhões de toneladas.
Alguns analistas defendem o sorgo como uma substituto para o milho em rações. "Neste ano, a produção cresceu e vai atingir 1,5 milhão de toneladas, só que não será suficiente para suprir o mercado", diz Cássio Camargo, da Associação Paulista de Semente.



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